Registos do século XIV relatam o avistamento de uma ilha denominada “Legname”, que se acredita ser a ilha da Madeira, constam de uma carta de Dulcert de 1339 e de um esboço de Médici em 1370, uma vez que abundava o arvoredo nesta ilha atlântica. O descobrimento do Arquipélago da Madeira surge no decorrer de uma manobra geoestratégica de expansão do território português, da fé católica e desenvolvimento da economia do reino.
Esta epopeia tem como data de início o ano de 1415 com a conquista da cidade de Ceuta. No ano de 1418 é descoberta a Ilha de Porto Santo e são avistadas as restantes ilhas que viriam a chamar-se de Arquipélago da Madeira, sendo estabelecido no ano seguinte. O povoamento da ilha da Madeira foi iniciado por volta do ano de 1425, os primeiros povoadores eram oriundos do norte de Portugal e do sul, da cidade do Algarve.
Mais tarde as ilhas são doadas ao Infante Dom Henrique, e estabelecidas capitanias sobre a alçada de Capitães-donatários, os descobridores do arquipélago, João Gonçalves Zarco, com a capitania do Funchal, Tristão Vaz Teixeira, com a capitania de Machico e Bartolomeu Perestrelo, com a capitania de Porto Santo.
As primeiras produções e consequentes exportações realizadas na ilha foram principalmente de trigo. Posteriormente foram introduzidos o açúcar e o vinho. A partir de 1470, a exportação do açúcar torna-se predominante, deixando o trigo como produção interna para a população. O açúcar tornou-se o “ouro branco”, permitindo trocas comerciais com todos os pontos de comércio marítimo, dando entrada a arte flamenga, alfaias litúrgicas e a muita pintura.
A partir do século XVII o vinho Madeira começa a ganhar relevo nas rotas comerciais marítimas.
O arquipélago da Madeira desenvolveu-se através da produção agrícola e como ponto obrigatório de paragem nas rotas comerciais, com produtos únicos num ambiente singular, permitindo hoje em dia ser um ponto turístico de excelência.